17/05/2025


Sábado, 4ª Semana da Páscoa


4ª Semana do Saltério |  Cor: Branco


Aclamação ao Evangelho Jo 8, 31b-32

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Se guardais minha palavra, diz Jesus,
realmente vós sereis os meus discípulos.    

Evangelho

Quem me viu, viu o Pai.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 14,7-14

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
“Se vós me conhecêsseis,
conheceríeis também o meu Pai.
E desde agora o conheceis e o vistes”.
Disse Filipe:
“Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!”
Jesus respondeu:
“Ha tanto tempo estou convosco,
e não me conheces, Filipe?
Quem me viu, viu o Pai.
Como é que tu dizes:
‘Mostra-nos o Pai’?
Não acreditas que eu estou no Pai 
e o Pai está em mim?
As palavras que eu vos digo,
não as digo por mim mesmo,
mas é o Pai que, permanecendo em mim,
realiza as suas obras.
Acreditai-me: eu estou no Pai
e o Pai está em mim.
Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras.
Em verdade, em verdade vos digo,
quem acredita em mim
fará as obras que eu faço,
e fará ainda maiores do que estas.
Pois eu vou para o Pai,
e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei,
a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.
Se pedirdes algo em meu nome,
eu o realizarei”.
Palavra da Salvação.

 

Sábado, 4ª Semana da Páscoa


4ª Semana do Saltério |  Cor: Branco


Vamos dirigir-nos aos pagãos.

Leitura dos Atos dos Apóstolos 13,44-52

No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu
para ouvir a palavra de Deus.
Ao verem aquela multidão,
os judeus ficaram cheios de inveja
e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia.
Então, com muita coragem,
Paulo e Barnabé declararam:
“Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós.
Mas, como a rejeitais
e vos considerais indignos da vida eterna,
sabei que nos vamos dirigir aos pagãos.
Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu:
‘Eu te coloquei como luz para as nações,
para que leves a salvação
até os confins da terra’ ”.
Os pagãos ficaram muito contentes,
quando ouviram isso,
e glorificavam a palavra do Senhor.
Todos os que eram destinados à vida eterna,
abraçaram a fé.
Desse modo, a palavra do Senhor
espalhava-se por toda a região.
Mas os judeus instigaram
as mulheres ricas e religiosas,
assim como os homens influentes da cidade,
provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé
e expulsaram-nos do seu território.
Então os apóstolos sacudiram contra eles
a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio.
Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria
e do Espírito Santo.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial


Salmo 97(98),1.2-3ab.3cd-4 (π. 3cd)

R. Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Cantai ao Senhor Deus um canto novo, *
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo *
alcançaram-lhe a vitória. R.    

O Senhor fez conhecer a salvação, *
e às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel *
pela casa de Israel. R.    

Os confins do universo contemplaram *
a salvação do nosso Deus. 
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, *
alegrai-vos e exultai! R.

 

Texto Patrístico


Do Comentário sobre a Carta aos Romanos, de São Cirilo de Alexandria, bispo

(Cap. 15,7: PG 74,854-855) (Séc. V)


Pela bondade de Deus, extensiva a toda a humanidade, o mundo inteiro foi salvo

        Sendo muitos, nós formamos um só corpo e somos membros uns dos outros; e é Cristo quem nos une pelo vínculo da caridade, como está escrito: Do que era dividido, ele fez uma unidade, destruiu o muro de separação, a inimizade, e aboliu a Lei com seus mandamentos e decretos (cf. Ef 2,14-15). Convém, portanto, que tenhamos os mes­mos sentimentos uns para com os outros; se um membro sofre, todos os membros sofrem com ele; se um membro é honrado, os demais se alegrem com ele.

        Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo também vos acolheu, para a glória de Deus (Rm 15,7). Para pôr em prática este acolhimento recíproco, devemos ter os mesmos sentimentos, carregando os fardos uns dos outros e guardan­do a unidade do espírito pelo vínculo da paz (Ef 4,3). Foi assim que Deus também nos acolheu em Cristo. Falou a verdade quem disse: Deus tanto amou o mundo, que deu seu Filho Unigênito (Jo 3,16). De fato, ele foi dado em resgate pela vida de todos nós, e assim fomos arrebatados da morte e libertados da morte e do pecado. E ilustra a finalidade deste desígnio ao dizer que Cristo se tornou ministro da circuncisão, para demonstrar a fidelidade de Deus. Com efeito, Deus prometera aos patriarcas do povo judeu que abençoaria toda sua descendência e a multiplicaria como as estrelas do céu. Por isso se revestiu da carne, tornando-se homem, ele o próprio Deus e Verbo que conserva todas as coisas criadas e lhes dá a salvação. Veio, porém, a este mundo na sua carne não para ser servido por ele, mas ao contrário, como ele mesmo afirma, para servi-lo e dar a sua vida pela redenção l de todos. 

        Dizia claramente ter vindo ao mundo de modo visível para cumprir as promessas feitas a Israel: Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15,24). Por esta razão, Paulo não mente quando afirma que Cristo f foi o ministro da circuncisão, para confirmar as promessas feitas aos patriarcas e, com esse fim, foi entregue por Deus Pai; mas foi para que também os pagãos obtivessem misericórdia e assim o glorificassem como criador, autor, salva­dor e redentor de todos os seres humanos. Assim, pela bondade de Deus, extensiva a toda a humanidade, os pagãos foram recebidos e o mistério da sabedoria em Cristo não se desviou do seu desígnio de bondade. Efetivamente, em vez daqueles que se afastaram, o mundo inteiro foi salvo pela misericórdia de Deus.

 

Fonte: Liturgia das Horas, II- Tempo da Quaresma, Tríduo Pascal, Tempo da Páscoa, 1995. Pg.726-727
Imagem: Google

 


Pedidos de Oração