Festa Cátedra de São Pedro, Apóstolo, Ano C
Cor: Branco | 1º Semana do Saltério | Ano Par (II) | Glória, Prefácio dos Apóstolos I ou II
Aclamação ao Evangelho Mt 16,18
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Tu és Pedro, e sobre esta pedra,
eu irei construir minha Igreja,
e as portas do inferno não irão derrotá-la
EVANGELHO
Tu és Pedro e eu te darei as
chaves do Reino dos Céus.
+Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-19
Naquele tempo:
Jesus foi à região de Cesareia de Filipe
e ali perguntou aos seus discípulos:
"Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?"
Eles responderam:
"Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias;
Outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas".
Então Jesus lhes perguntou:
"E vós, quem dizeis que eu sou?"
Simão Pedro respondeu:
"Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo".
Respondendo, Jesus lhe disse:
"Feliz es tu, Simão, filho de Jonas,
porque não foi um ser humano que te revelou isso,
mas o meu Pai que está no céu.
Por isso eu te digo que tu és Pedro,
e sobre esta pedra construirei a minha Igreja,
e o poder do inferno nunca poderá vencê-la.
Eu te darei as chaves do Reino dos Céus:
tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus;
tudo o que tu desligares na terra
será desligado nos céus".
Palavra da Salvação.
Festa Cátedra de São Pedro, Apóstolo, Ano C
Cor: Branco | 1º Semana do Saltério | Ano Par (II) | Glória, Prefácio dos Apóstolos I ou II
Eu, presbítero como eles,
testemunha dos sofrimentos de Cristo.
Leitura da Primeira Carta de São Pedro 5,1- 4
Caríssimos:
Exorto aos presbíteros que estão entre vós,
eu, presbítero como eles,
testemunha dos sofrimentos de Cristo
e participante da glória que será revelada:
Sede pastores do rebanho de Deus, confiado a vós;
cuidai dele, não por coação, mas de coração generoso;
não por torpe ganância, mas livremente;
não como dominadores daqueles que vos foram confiados,
mas antes, como modelos do rebanho.
Assim, quando aparecer o pastor supremo,
recebereis a coroa permanente da glória.
Palavra do Senhor.
R. O Senhor é o pastor que me conduz,
não me falta coisa alguma.
Senhor é o pastor que me conduz;*
não me falta coisa alguma.
Pelos prados e campinas verdejantes*
ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha,*
e restaura as minhas forças. R.
Ele me guia no caminho mais seguro,*
pela honra do seu nome.
Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,*
nenhum mal eu temerei.
Estais comigo com bastão e com cajado,*
eles me dão a segurança! R.
Preparais à minha frente uma mesa,*
bem à vista do inimigo;
com óleo vós ungis minha cabeça,*
e o meu cálice transborda. R.
Felicidade e todo bem hão de seguir-me,*
por toda a minha vida;
e, na casa do Senhor, habitarei*
pelos tempos infinitos. R.
Dos Sermões de São Leão Magno, papa
(Sermo 4 de Natali ipsius, 2-3: PL 54,149-151)(Séc. V)
Dentre todos os homens do mundo, Pedro foi o único escolhido para estar à frente de todos os povos chamados à fé, de todos os apóstolos e de todos os padres da Igreja. Embora no povo de Deus haja muitos sacerdotes e pastores, na verdade, Pedro é o verdadeiro guia de todos aqueles que têm Cristo como chefe supremo. Deus dignou-se conceder a este homem, caríssimos filhos, uma grande e admirável participação no seu poder. E se ele quis que os outros chefes da Igreja tivessem com Pedro algo em comum, foi por intermédio do mesmo Pedro que isso lhes foi concedido.
A todos os apóstolos o Senhor pergunta qual a opinião que os homens têm a seu respeito; e a resposta de todos revela de modo unânime as hesitações da ignorância humana.
Mas, quando procura saber o pensamento dos discípulos, o primeiro a reconhecer o Senhor é o primeiro na dignidade apostólica. Tendo ele dito: Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus lhe respondeu: Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu (Mt 16,16-17). Quer dizer, és feliz, porque o meu Pai te ensinou, e a opinião humana não te iludiu, mas a inspiração do céu te instruiu; não foi um ser humano que me revelou a ti, mas sim aquele de quem sou o Filho unigênito.
Por isso eu te digo, acrescentou, como o Pai te manifestou a minha divindade, também eu te revelo a tua dignidade: Tu és Pedro (Mt 16,18). Isto significa que eu sou a pedra inquebrantável, a pedra principal que de dois povos faço um só (cf. Ef 2,20.14), o fundamento sobre o qual ninguém pode colocar outro. Todavia, tu também és pedra, porque és solidário com a minha força. Desse modo, o poder, que me é próprio por prerrogativa pessoal, te será dado pela participação comigo.
E sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la (Mt 16,18). Sobre esta fortaleza, construirei um templo eterno. A minha Igreja destinada a elevar-se até ao céu deverá apoiar-se sobre a solidez da fé de Pedro.
O poder do inferno não impedirá esse testemunho, os grilhões da morte não o prenderão; porque essa palavra é palavra de vida. E assim como conduz aos céus os que a proclamam, também precipita no inferno os que a negam.
Por isso, foi dito a São Pedro: Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra, será desligado nos céus (Mt 16,19).
Na verdade, o direito de exercer esse poder passou também para os outros apóstolos, e o dispositivo desse decreto atingiu todos os príncipes da Igreja. Mas não é sem razão que é confiado a um só o que é comunicado a todos. O poder é dado a Pedro de modo singular, porque a sua dignidade é superior à de todos os que governam a Igreja.