Retiro Mensal

SECRETARIADO DA ESPIRITUALIDADE 

PDDM RETIRO DO MÊS DE SETEMBRO DE 2025

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C


1.Ambiente: 

Antes de começar, prepare o ambiente: uma mesa com toalha, a bíblia aberta ou o lecionário, uma vela, cadeiras em círculo... Cuidem para que todas as pessoas tenham lugar para sentar. Alguém acende a vela.

2.Refrão Meditativo: 
Jesus Tu és a luz dos olhos meus, 
Jesus brilhe essa luz nos passos meus seguindo os teus.

3.Invocação ao Espírito Santo

4.Leitura dos textos bíblicos 
Antífona de entrada: “Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra, e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo”. Com essa antífona de entrada recordamos que estamos no mês dedicado a Jesus Divino Mestre, e aqui estamos respondendo ao seu chamado, na fidelidade à sua vontade, atendo-O como nosso mestre e pastor, Caminho, Verdade e Vida.

  • Evangelho: Lc 17,5-10
  •  1ª Leitura: Hab 1,2-3;2,2-4
  • Salmo 94
  •  2ª Leitura:  2Tm 1,6-8.13-14

5. Aprofundamento dos textos: (Roteiros homiléticos, Pe. José Bortolini - Paulus)

  • EVANGELHO: Lc 17,5-10, desde o capitulo 9,51-19,27 acompanharemos Jesus em sua subida a Jerusalém, e o evangelista vai condensando os desafios, exigências e obstáculos no seguimento de Jesus. A viagem de Jesus reflete o caminho da comunidade cristã, com suas crises e busca de solução aos desafios propostos pela prática cristã.

E uma dessas crise diz respeito da fé dos primeiros cristãos, que se questiona “porque não conseguimos reproduzir na pratica o projeto de Deus”. no v.5 os apóstolos pedem a Jesus: “Senhor aumenta a nossa fé!” Respondendo Jesus vai mostrar que não se trata de quantidade mais de qualidade da fé. Ela deve ser genuína como a semente que traz em si todas as potencialidades da planta. A semente de mostarda é minúscula, mas capaz de se tornar uma arvore. Se a fé for assim, genuína poderá superar os maiores obstáculos.
O discípulo não evangeliza por iniciativa própria, mas obedece ao mandato recebido de Deus, faz isso gratuitamente sem nada exigir em troca. Eles compreendem que só se tiverem fé e convencidos de que vale apena deixar tudo para seguir Jesus, é que conseguirão não se deixar seduzir pelas riquezas e se decidirem optando pelo reino. Jesus declara que essa opção é fruto da fé. 
 Com humildade o cristão não deve orgulhar-se quando cumpriu seu dever. “Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer” (v.10). O texto nos ajuda a ver as raízes das crises e dos tropeços comunitários e como erradica-las. Nos mostra que é o espírito de gratuidade que deve animar qualquer trabalho de evangelização dentro e fora da comunidade.

  • 1ª Leitura: Hab 1,2-3;2,2-4 “Até quando, senhor, chamarei e não me ouvis?” O povo está desesperado, e o profeta carrega esse “até quando?” como profunda oração a Deus. Depois de partilhar o desespero do povo e reivindicar a ajuda divina Habacuc fica em silencio e aguarda os sinais de Deus. No tempo oportuno Deus respondeu ao profeta. Deus convida a não desanimar. A forma ideal para manter-se com esperança, com disposição, sem se entregar, é pelo caminho da fé: “o justo viverá por sua fé”. (2,4).

    O texto deixa transparecer que o profeta á atormentado pela impunidade dos malvados e opressores dentro do povo eleito. Habacuc acusa javé de estar fechando os olhos à injustiça e de não escutar os gritos de socorro contra a violência. Seu senso crítico o impele a denunciar as formas de opressão da sociedade, é ousado e discute com javé lamentando-se de que Deus não intervenha para pôr ordem. Respondendo Deus promete salvar Israel. A fé é confiança total em Deus. O projeto de Deus se realizará. Disso o profeta deve ser anunciador corajoso. Se o cumprimento da promessa demorar é necessário esperar, “pois virá com certeza sem demora”. Deus desmancha o círculo vicioso da violência e opressão através de pessoas retas e fiéis à sua palavra e seu projeto. Elas serão o fio condutor da justiça de Deus na história. Deus prometeu e cumpriu: no tempo certo, a justiça vai vencer.

  •  2ª Leitura: 2Tm 1,6-8.13-14: O texto recorda que todo ministério é revestido por uma graça que é maior do que um desejo ou uma disposição pessoal “Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus”(v.6). O serviço é sempre uma resposta ao dom, e o servidor é um instrumento da gratuidade de Deus.

A imposição das mãos, a transmissão da fé, é sinal visível de Deus, que transforma as pessoas em testemunhas verdadeiras do Evangelho, testemunho que assume até os limites da doação total da vida. No seu testemunho Paulo diz que, mesmo na prisão, sofrendo pelo Evangelho, é “fortificado pelo poder de Deus” (8), não foge do sofrimento, mas é fiel em testemunhar o Evangelho.
Assumir um ministério é acreditar, é deixar que a semente da fé possa ter espaço na vida cotidiana: “guarda o precioso depósito” (v.14). A fé, de fato, exige fidelidade. Fidelidade que se traduz na espera paciente e ativa, no serviço amoroso aos irmãos e irmãs, na denúncia das injustiças e do poder do antirreino, no testemunho generoso de bom convívio fraterno. O testemunho exige coragem.
A herança que Paulo deixa a Timóteo seu “filho espiritual” é a participação nos sofrimentos por causa do Evangelho, confiando no poder de Deus, e as palavras que ouviu de Paulo. Essa herança será conservada mediante a fé em Jesus Cristo e na docilidade ao Espírito Santo que garantirá a fidelidade do testemunho.
Concluindo podemos perceber que a leitura propõe, que sejam reavivados os carismas em vista da evangelização; e mostra que o cristão recebeu herança toda particular, que será conservada à custa de sofrimentos, e na docilidade ao Espírito Santo.

6. Conclusão: retomar o refrão 
7. Partilha do fruto da oração. 
8. Pai nosso e oração do dia.