23/05/2025


Sexta-feira, 5ª Semana da Páscoa


Cor: Branco | 1ª Semana do Saltério 


Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu vos chamo meus amigos,
pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou.

EVANGELHO

Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 15,12-17

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
“Este é o meu mandamento:
amai-vos uns aos outros,
assim como eu vos amei.
Ninguém tem amor maior
do que aquele que dá sua vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos,
se fizerdes o que eu vos mando.
Já não vos chamo servos,
pois o servo não sabe o que faz o seu senhor.
Eu chamo-vos amigos,
porque vos dei a conhecer
tudo o que ouvi de meu Pai.
Não fostes vós que me escolhestes,
mas fui eu que vos escolhi
e vos designei para irdes e para que produzais fruto
e o vosso fruto permaneça.
O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome,
ele vo-lo concederá.
Isto é o que vos ordeno:
amai-vos uns aos outros”.
Palavra da Salvação.

 

Sexta-feira, 5ª Semana da Páscoa


Cor: Branco | 1ª Semana do Saltério 


Decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor
nenhum fardo, além das coisas indispensáveis.

Leitura dos Atos dos Apóstolos 15,22-31

Naqueles dias, 
pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos,
de acordo com toda a comunidade de Jerusalém,
escolher alguns da comunidade
para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé.
Escolheram Judas, chamado Bársabas, e Silas,
que eram muito respeitados pelos irmãos.
Através deles enviaram a seguinte carta:
“Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos,
saudamos os irmãos vindos do paganismo
e que estão em Antioquia
e nas regiões da Síria e da Cilícia.
Ficamos sabendo que alguns dos nossos
causaram perturbações com palavras
que transtornaram vosso espírito.
Eles não foram enviados por nós.
Então decidimos, de comum acordo,
escolher alguns representantes
e mandá-los até vós,
junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo,
homens que arriscaram suas vidas
pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
Por isso, estamos enviando Judas e Silas,
que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem.
Porque decidimos, o Espírito Santo e nós,
não vos impor nenhum fardo,
além destas coisas indispensáveis:
abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos,
do sangue, das carnes de animais sufocados
e das uniões ilegítimas.
Vós fareis bem se evitardes essas coisas.
Saudações!”
Depois da despedia,
Judas e Silas foram para Antioquia,
reuniram a assembleia e entregaram a carta.
A sua leitura causou alegria,
por causa do estímulo que trazia.
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial


Salmo 56(57),8-9.10-12 (p. 10a)

R. Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

Meu coração está pronto, meu Deus, *
está pronto o meu coração!
Vou cantar e tocar para vós: *
desperta, minh’alma, desperta!
Despertem a harpa e a lira, *
eu irei acordar a aurora! R.

Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos, *
dar-vos graças, por entre as nações!
Vosso amor é mais alto que os céus, *
mais que as nuvens a vossa verdade!
Elevai-vos, ó Deus sobre os céus, *
vossa glória refulja na terra! R.

 

 

Texto Patrístico


Dos Sermões do Bem-aventurado Isaac, abade do Mosteiro de Stella

(Sermo 42: PL 194,1831-1832)  (Séc.XII)


O primogênito de muitos irmãos

Como a cabeça e o corpo formam um só homem, assim o Filho da Virgem e seus membros escolhidos formam um só homem e um só Filho do homem. Cristo completo e total, como diz a Escritura, é cabeça e corpo. Com efeito, todos os membros juntos constituem um só corpo que, unido à sua cabeça, forma um só Filho do homem. Este, pela sua união com o Filho de Deus, forma um só Filho de Deus, o qual, pela sua união com Deus, forma um só Deus. Consequentemente, todo o corpo com a cabeça é Filho do homem, é Filho de Deus, é Deus. Por isso se diz no Evangelho: Quero, Pai, que assim como eu e tu somos um, também eles sejam um em nós (cf. Jo 17,21). 

Vemos que, segundo esse famoso texto da Escritura, não existe o corpo sem a cabeça nem a cabeça sem o corpo; nem Cristo total, cabeça e corpo, sem Deus. 

Tudo isto, portanto, pela sua união com Deus é um só Deus. O Filho de Deus, porém, está unido com Deus por natureza. O Filho do homem está unido como Filho de Deus numa só pessoa; por sua vez, os membros do seu corpo estão unidos com ele sacramentalmente. 

Por conseguinte, os membros fiéis e espirituais de Cristo, podem afirmar de si, com toda verdade, aquilo que ele é, até mesmo Filho de Deus e Deus. Mas o que ele é por natureza, os membros são por participação. O que ele é em plenitude, os membros são parcialmente. O que o Filho de Deus é por geração, os membros são por adoção, como está escrito: Recebestes um espírito de filhos adotivos, no qual todos clamamos: Abá – ó Pai! (Rm 8,15). 

Este Espírito deu-lhes a capacidade de se tornarem filhos de Deus (Jo 1,12), para que o primogênito de muitos irmãos pudesse ensiná-los a dizer: Pai nosso que estais nos céus (Mt 6,9). E noutro lugar: Subo para junto do meu Pai e vosso Pai (Jo 20,17). 

Pelo Espírito Santo, o Filho do homem nasceu da Virgem Maria como nossa cabeça; pelo mesmo Espírito, nós também renascemos na fonte batismal como filhos de Deus e membros do corpo de Cristo. E assim como ele nasceu livre de todo pecado, também nós renascemos pela remissão de nossos pecados. 

Assim como na cruz ele tomou sobre seu corpo de carne os pecados de todo o corpo, do mesmo modo, pela graça da regeneração, concedeu ao seu corpo espiritual que não lhe fosse atribuído nenhum pecado, como está escrito: Feliz o homem a quem o Senhor não acusa de pecado (Sl 31,2). Este homem feliz é, sem a menor dúvida, Cristo: enquanto cabeça do Cristo místico é Deus e perdoa os pecados; enquanto cabeça do corpo, é o Filho do homem, nada tendo que se lhe deva perdoar; e enquanto o corpo da cabeça é formado por muitos, nada se lhe atribui. 

Ele é justo em si mesmo e justifica-se a si mesmo. Ele próprio é Redentor e redimido. Tomou sobre seu corpo, na cruz, os pecados daquele corpo que ele purifica por meio da água do batismo, e continua salvando pela cruz e pela água. Ele é o Cordeiro de Deus que tira, que carrega o pecado do mundo (Jo 1,29. Ele é ao mesmo tempo sacerdote e vítima do sacrifício. Ele é Deus que, oferecendo-se a si mesmo, por si reconciliou-se consigo mesmo, com o Pai e com o Espírito Santo.

 

Fonte: Liturgia das Horas, II- Tempo da Quaresma, Tríduo Pascal, Tempo da Páscoa, 1995. 
Imagem: Google


Pedidos de Oração