Festa Bem-aventurada Virgem Maria de Guadalupe, Padroeira principal da América
1ª Semana do Saltério | Cor: Branco | Ofício Festivo Próprio
Missa Própria: Glória, Prefácio de Nossa Senhora I ou II | Ano A
Aclamção ao Evangelho
R. Aleluia, aleluia, aleluia.
V. Maria, alegra-te, ó cheia de graça,
o Senhor é contigo;
és bendita entre todas as mulheres da terra.
EVANGELHO
"Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre!"
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-47
Naqueles dias,
Maria partiu para a região montanhosa,
dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia.
Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
a criança pulou no seu ventre
e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
Com um grande grito, exclamou:
"Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre!"
Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar?
Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos,
a criança pulou de alegria no meu ventre.
Bem-aventurada aquela que acreditou,
porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu".
Então Maria disse:
"A minha alma engrandece o Senhor,
e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador".
Palavra da Salvação.
Festa Bem-aventurada Virgem Maria de Guadalupe, Padroeira principal da América
1ª Semana do Saltério | Cor: Branco | Ofício Festivo Próprio
Missa Própria: Glória, Prefácio de Nossa Senhora I ou II | Ano A
Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher.
Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas 4,4-7
Irmãos:
Quando se completou o tempo previsto,
Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher,
nascido sujeito à Lei,
a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei
e para que todos recebêssemos a filiação adotiva.
E porque sois filhos,
Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu
Filho, que clama: Abá - ó Pai!
Assim já não és mais escravo, mas filho;
e se és filho, és também herdeiro:
tudo isso, por graça de Deus.
Palavra do Senhor.
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, +
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! *
Cantai e bendizei seu santo nome! R.
Dia após dia anunciai sua salvação, +
manifestai a sua glória entre as nações, *
e entre os povos do universo seus prodígios! R.
Publicai entre as nações: "Reina o Senhor! +
Ele firmou o universo inabalável, *
e os povos ele julga com justiça.R.

Num sábado de mil e quinhentos e trinta e um, perto do mês de dezembro, um índio de nome Juan Diego, mal raiava a madrugada, ia do seu povoado a Tlatelolco, para participar do culto divino e escutar os mandamentos de Deus. Já amanhecia, quando chegou ao cerrito chamado Tepeyac e escutou que do alto o chamavam:
– Juanito! Juan Dieguito!
Subiu até o cimo e viu uma senhora de sobre-humana grandeza, cujo vestido brilhava como o sol, e que, com voz muito branda e suave, lhe disse:
– Juanito, menor dos meus filhos, fica sabendo que sou Maria sempre Virgem, Mãe do verdadeiro Deus, por quem vivemos. Desejo muito que se erga aqui um templo para mim, onde mostrarei e prodigalizarei todo o meu amor, compaixão, auxílio e proteção a todos os moradores desta terra e também a outros devotos que me invoquem confiantes. Vai ao Bispo do México e manifesta-lhe o que tanto desejo. Vai e põe nisto todo o teu empenho.
Chegando Juan Diego à presença do Bispo Dom Frei Juan de Zumárraga, frade de São Francisco, este pareceu não lhe dar crédito e respondeu:
– Vem outro dia, e te ouvirei com mais calma.
Juan Diego voltou ao cimo do cerro, onde a Senhora do céu o esperava, e lhe disse:
– Senhora, menorzinha de minhas filhas, minha menina, expus tua mensagem ao Bispo, mas parece que não acreditou. Assim, rogo-te que encarregues alguém mais importante de levar tua mensagem com mais crédito, porque não passo de um joão-ninguém.
Ela respondeu-lhe:
– Menor dos meus filhos, rogo-te encarecidamente que tornes a procurar o Bispo amanhã dizendo-lhe que eu própria, Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, é que te envio.
Porém no dia seguinte, domingo, o Bispo de novo não lhe deu crédito e disse ser indispensável algum sinal para poder-se acreditar que era Nossa Senhora mesma que o enviara. E o despediu sem mais aquela.
Segunda-feira, Juan Diego não voltou. Seu tio Juan Bernardino adoecera gravemente e à noite pediu-lhe que fosse a Tlatelolco de madrugada, para chamar um sacerdote que o ouvisse em confissão.
Juan Diego saiu na terça-feira, contornando o cerro e passando pelo outro lado, em direção ao Oriente, para chegar logo à Cidade do México, a fim de que Nossa Senhora não o detivesse. Porém ela veio a seu encontro e lhe disse:
– Ouve e entende bem uma coisa, tu que és o menorzinho dos meus filhos: o que agora te assusta e aflige não é nada. Não se perturbe o teu coração nem te inquiete coisa alguma. Não estou aqui, eu, tua mãe? Não estás sob a minha sombra? Não estás porventura sob a minha proteção? Não te aflija a doença do teu tio. Fica sabendo que ele já sarou. Sobe agora, meu filho, ao cimo do cerro, onde acharás um punhado de flores que deves colher e trazer-mo.
Quando Juan Diego chegou ao cimo, ficou assombrado com a quantidade de belas rosas de Castela que ali haviam brotado em pleno inverno; envolvendo-as em sua manta, levou-as para Nossa Senhora. Ela lhe disse:
– Meu filho, eis a prova, o sinal que apresentarás ao Bispo, para que nele veja a minha vontade. Tu és o meu embaixador, digno de toda a confiança.
Juan Diego pôs-se a caminho, agora contente e confiante em sair-se bem de sua missão. Ao chegar à presença do Bispo, lhe disse:
– Senhor, fiz o que me ordenaste. Nossa Senhora consentiu em atender o teu pedido. Despachou-me ao cimo do cerro, para colher ali várias rosas de Castela, trazê-las a ti, entregando-as pessoalmente. Assim o faço, para que reconheças o sinal que pediste e assim cumpras a sua vontade. Ei-las aqui: recebe-as.
Desdobrou em seguida a sua branca manta. À medida em que as várias rosas de Castela espalhavam-se pelo chão desenhava-se no pano e aparecia de repente a preciosa imagem de Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, como até hoje se conserva no seu templo de Tepeyac.
A cidade inteira, em tumulto, vinha ver e admirar a sua santa imagem e dirigir-lhe suas preces. Obedecendo à ordem que a própria Nossa Senhora dera ao tio Juan Bernardino, quando devolveu-lhe a saúde, ficou sendo chamada como ela queria: “Santa Maria sempre Virgem de Guadalupe”.