12/10/2025


28ª Semana do Tempo Comum, Ano C


Solenidade Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida
Cor: Branco | 1ª Semana do Saltério | Ofício Solene Próprio
Missa: Glória, Credo e prefácio próprio | Ano Par (II)


Aclamação ao Evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Disse a Mãe de Jesus aos serventes:
“fazei tudo o que Ele disser!”

EVANGELHO

Fazei o que ele vos disser.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 2,1-11

Naquele tempo:
Houve um casamento em Caná da Galileia.
A mãe de Jesus estava presente.
Também Jesus e seus discípulos
tinham sido convidados para o casamento.
Como o vinho veio a faltar, 
a mãe de Jesus lhe disse:
"Eles não têm mais vinho".
"Mulher, por que dizes isto a mim?
Minha hora ainda não chegou."
Sua mãe disse aos que estavam servindo:
"Fazei o que ele vos disser".
Estavam seis talhas de pedra colocadas aí 
para a purificação que os judeus costumam fazer.
Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.
Jesus disse aos que estavam servindo:
"Enchei as talhas de água".
Encheram-nas até a boca.
Jesus disse:
"Agora tirai e levai ao mestre-sala".
E eles levaram.
O mestre-sala experimentou a água,
que se tinha transformado em vinho.
Ele não sabia de onde vinha,
mas os que estavam servindo sabiam,
pois eram eles que tinham tirado a água.
O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse:
"Todo mundo serve primeiro o vinho melhor
e, quando os convidados já estão embriagados,
serve o vinho menos bom.
Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!"
Este foi o início dos sinais de Jesus.
Ele o realizou em Caná da Galileia
e manifestou a sua glória,
e seus discípulos creram nele.
Palavra da Salvação.

28ª Semana do Tempo Comum, Ano C


Solenidade Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida
Cor: Branco | 1ª Semana do Saltério | Ofício Solene Próprio
Missa: Glória, Credo e prefácio próprio | Ano Par (II)


Concede-me a vida do meu povo - eis o meu desejo!

Leitura do Livro de Ester 5,1b-2; 7,2b-3

Ester revestiu-se com vestes de rainha
e foi colocar-se no vestíbulo interno do palácio real,
frente à residência do rei.
O rei estava sentado no trono real,
na sala do trono, frente à entrada.
Ao ver a rainha Ester parada no vestíbulo,
olhou para ela com agrado
e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão,
e Ester aproximou-se para tocar a ponta do cetro.
Então, o rei lhe disse:
"O que me pedes, Ester; o que queres que eu faça?
Ainda que me pedisses a metade do meu reino,
ela te seria concedida".
Ester respondeu-lhe:
"Se ganhei as tuas boas graças, ó rei,
e se for de teu agrado,
concede-me a vida - eis o meu pedido! -
e a vida do meu povo - eis o meu desejo!
Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial


Salmo 45 (44),11-12a.12b-13.14-15a.15b-16

R. Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:
que o Rei se encante com vossa beleza!

Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto:
"Esquecei vosso povo e a casa paterna!
Que o Rei se encante com vossa beleza! 
Prestai-lhe homenagem: é vosso Senhor! R

O povo de Tiro vos traz seus presentes,
os grandes do povo vos pedem favores. 
Majestosa, a princesa real vem chegando,
vestida de ricos brocados de ouro. R

Em vestes vistosas ao Rei se dirige, 
e as virgens amigas lhe formam cortejo,
entre cantos de festa e com grande alegria,
ingressam, então, no palácio real". R

28ª Semana do Tempo Comum, Ano C


Solenidade Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida
Cor: Branco | 1ª Semana do Saltério | Ofício Solene Próprio
Missa: Glória, Credo e prefácio próprio | Ano Par (II)


Um grande sinal apareceu no céu.

Leitura do Livro do Apocalipse de São João 12,1.5.13a.15-16a

Apareceu no céu um grande sinal:
uma mulher vestida do sol,
tendo a lua debaixo dos pés
e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas.
E ela deu à luz um filho homem,
que veio para governar todas as nações
com cetro de ferro.
Mas o filho foi levado para junto de Deus
e do seu trono.
Quando viu que tinha sido expulso para a terra,
o dragão começou a perseguir a mulher
que tinha dado à luz o menino.
A serpente, então,
vomitou como um rio de água atrás da mulher,
a fim de a submergir.
A terra, porém, veio em socorro da mulher.
Palavra do Senhor.

 

Comentário dos textos bíblicos

Comentário dos textos bíblicos da Solenidade de Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil


 

1. Aprofundando os textos bíblicos: Ester 5,1b-2;7,2b-3; Salmo 45 (44); Apocalipse 12,1.5.13a.15-16a; João 2,1-11

O relato das bodas em Caná da Galileia é o primeiro sinal realizado por Jesus. A imagem do casamento aparece na Bíblia, sobretudo para enfatizar a relação do amor de Deus com o povo (cf. Os 2,16-22). A expressão no terceiro dia continua a sequência de dias iniciada em Jo 1,29, e acentua que a manifestação da salvação de Deus já começou.  Em Jesus, o Messias que oferece o vinho novo e celebra as núpcias com o povo, revela-se o início dos sinais. A hora de Jesus, isto é, sua crucificação/glorificação ainda não chegou. A revelação da glória de Jesus se plenificará com sua morte e ressurreição. Maria, chamada de mulher como no Calvário, intercede o vinho que renova a aliança e proporciona a vida em plenitude. Ela crê na obra do Filho, como acreditará aos pés da cruz (19,25-27). Sua ação, como verdadeira discípula, encaminha os serventes da festa para Jesus, na certeza que ele realizará um sinal de amor: Fazei tudo o que ele vos disser (v.5). A abundância de vinho caracteriza a chegada dos tempos messiânicos (Is 25,6), que restauram e libertam o povo (Jr 31,4-5). Jesus é o vinho bom, que traz a alegria messiânica para transformar a vida na grande festa do Reino de Deus. Por meio do sinal que realizou em Caná da Galileia, Cristo manifestou sua glória e seus discípulos creram nele (v.11). A rainha Ester, na 1ª leitura, arrisca a própria vida para interceder em favor do povo. Deus preserva a vida e liberta os que estão dominados e oprimidos pelos poderosos. O Salmo é uma celebração de núpcias no palácio real. Na perspectiva cristã, foi aplicado a Cristo, o Rei Messias. Na 2ª leitura, a realeza da mulher provém do filho, que governatodas as nações com cetro de ferro (v.5).  O Ressuscitado, vencedor das forças das trevas e da morte representadas pelo dragão, fortalece a missão dos cristãos.           

2. Atualizando

Maria, com sua presença materna, nos impele a fazer tudo o que Cristo nos disser.  Ela não cessa de interceder junto a seu Filho, para que a humanidade alcance a vida em plenitude. Sustentados pela fé e graça do Senhor, possamos vencer as forças opressoras. 

3. A palavra de Deus na celebração

Fazendo o que o Senhor nos mandou, nos reunimos para celebrar o memorial de sua entrega. Com alegria participamos do banquete da vida, partilhando o pão da Palavra e da Eucaristia. Com gratidão agradecemos ao Senhor por Maria, nossa Mãe Aparecida, companheira em nossa caminhada.

4. Dicas e sugestões

A imagem de N.S. Aparecida por ser levada em procissão, também por algumas crianças. No final dar uma bênção especial para as crianças.

 

Texto Patrístico


Da Homilia na Dedicação da Basílica Nacional de Aparecida, do papa João Paulo II

(Pronunciamentos do Papa no Brasil,

Edit.  Vozes, Petrópolis 1980,125.128.129.130)   

 

“Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida! Viva a Virgem Imaculada, a Senhora Aparecida!”

Desde que pus os pés em terra brasileira, nos vários pontos por onde passei, ouvi este cântico. Ele é, na ingenuidade e singeleza de suas palavras, um grito da alma, uma saudação, uma invocação cheia de filial devoção e confiança para com aquela que, sendo verdadeira Mãe de Deus, nos foi dada por seu Filho Jesus no momento extremo da sua vida para ser nossa Mãe.

Sim, amados irmãos e filhos, Maria, a Mãe de Deus, é modelo para a Igreja, é Mãe para os remidos. Por sua adesão pronta e incondicional à vontade divina que lhe foi revelada, torna-se Mãe do Redentor, com uma participação íntima e toda especial na história da salvação. Pelos méritos de seu Filho, é Imaculada em sua Conceição, concebida sem a mancha original, preservada do pecado e cheia de graça.

Ao confessar-se serva do Senhor (Lc 1,38) e ao pronunciar o seu sim, acolhendo “em seu coração e em seu seio” o mistério de Cristo Redentor, Maria não foi instrumento meramente passivo nas mãos de Deus, mas cooperou na salvação dos homens com fé livre e inteira obediência. Sem nada tirar ou diminuir e nada acrescentar à ação daquele que é o único Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Maria nos aponta as vias da salvação, vias que convergem todas para Cristo, seu Filho, e para a sua obra redentora.

Maria nos leva a Cristo, como afirma com precisão o Concílio Vaticano II: “A função maternal de Maria, em relação aos homens, de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; antes, manifesta a sua eficácia. E de nenhum modo impede o contato imediato dos fiéis com Cristo, antes o favorece”.

Mãe da Igreja, a Virgem Santíssima tem uma presença singular na vida e na ação desta mesma Igreja. Por isso mesmo, a Igreja tem os olhos sempre voltados para aquela que, permanecendo virgem, gerou, por obra do Espírito Santo, o Verbo feito carne. Qual é a missão da Igreja senão a de fazer nascer o Cristo no coração dos fiéis, pela ação do mesmo Espírito Santo, através da evangelização? Assim, a “Estrela da Evangelização”, como a chamou o meu Predecessor Paulo VI, aponta e ilumina os caminhos do anúncio do Evangelho. Este anúncio de Cristo Redentor, de sua mensagem de salvação, não pode ser reduzido a um mero projeto humano de bem-estar e felicidade temporal. Tem certamente incidências na história humana coletiva e individual, mas é fundamentalmente um anúncio de libertação do pecado para a comunhão com Deus, em Jesus Cristo. De resto, esta comunhão com Deus não prescinde de uma comunhão dos homens uns com os outros, pois os que se convertem a Cristo, autor da salvação e princípio de unidade, são chamados a congregar-se em Igreja, sacramento visível desta unidade humana salvífica.

Por tudo isto, nós todos, os que formamos a geração hodierna dos discípulos de Cristo, com total aderência à tradição antiga e com pleno respeito e amor pelos membros de todas as comunidades cristãs, desejamos unir-nos a Maria, impelidos por uma profunda necessidade da fé, da esperança e da caridade. Discípulos de Jesus Cristo neste momento crucial da história humana, em plena adesão à ininterrupta Tradição e ao sentimento constante da Igreja, impelidos por um íntimo imperativo de fé, esperança e caridade, nós desejamos unir-nos a Maria. E queremos fazê-lo através das expressões da piedade mariana da Igreja de todos os tempos.

A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escutai a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: Fazei o que ele vos disser (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo dele as graças desejadas. Rezemos com Maria e por Maria: ela é sempre a “Mãe de Deus e nossa”.

 

Orações Eucológicas

  • Antífona da entrada

Com grande alegria rejubilo-me no senhor, e minha alma exultará no meu Deus, pois me revestiu de justiça e salvação, como a noiva ornada de suas jóias.

  •  Oração do dia

Ó Deus todo- poderoso, ao rendermos culto à Imaculada conceição de Maria, mãe de Deus e senhora nossa, concedei que o povo brasileiro, fiel à sua vocação e vivendo na paz e na justiça, possa chegar um dia à pátria definitiva. Por nosso senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo.

  • Sobre as oferendas

Acolhei, ó Deus, as preces e oferendas apresentadas em honra de Maria, Mãe de Jesus Cristo, vosso filho; concedei que elas vos sejam agradáveis e nos tragam a graça da vossa proteção. Por Cristo, nosso senhor.

  • Prefácio

Na verdade,é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor pai santo, Deus eterno e todo poderoso.

A fim de preparar para o vosso filho A mãe que fosse digna dele, preservastes a Virgem Maria da mancha do pecado original, enriquecendo-a com a plenitude da vossa graça. Nela, nos destes as primícias da igreja, esposa de Cristo, sem ruga e sem mancha, resplandecente de beleza. Puríssima, na verdade, devia ser a virgem que nos daria o salvador, o cordeiro sem mancha, que tira os nossos pecados. Escolhida, entre todas as mulheres, modelo de santidade e advogada nossa, ela intervém constantemente em favor de vosso povo.

Unido à multidão dos anjos, proclamamos a vossa bondade, cantando convosco a uma só voz:

  • Antífona da comunhão

Seus filhos se erguem, para proclamá-la bem aventurada. Ela se levanta antes da aurora para dar o alimento a cada um.

  • Depois da comunhão

Alimentados com o corpo e sangue de vosso filho, nós vos suplicamos, ó Deus: dai ao vosso povo, sob o olhar de Nossa senhora da Conceição Aparecida, irmanar-se nas tarefas de cada dia para a construção do vosso reino. Por Cristo, nosso Senhor.

 




SANTO(a) DO DIA
Solenidade Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida
Solenidade Bem-aventurada Virgem Maria da Conceição Aparecida

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TESTEMUNHA DA HUMANIDADE

Pedidos de Oração