Cor: Vermelha | 13ª Semana do Tempo Comum
1ª Semana do saltério | Ofício Festivo Comum dos Apóstolos e próprio
Missa: Glória, Credo, Prefácio dos Apóstolos I e II
Aclamação ao Evangelho Jo 20,29
R. Aleluia, aleluia, aleluia.
V. Acreditaste, Tomé, porque me viste.
Felizes os que creem sem ter visto.
EVANGELHO
Meu Senhor e meu Deus!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,24-29
24 Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze,
não estava com eles quando Jesus veio.
25 Os outros discípulos contaram-lhe depois:
"Vimos o Senhor!".
Mas Tomé disse-lhes:
"Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos,
se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos
e não puser a mão no seu lado, não acreditarei."
26 Oito dias depois, encontravam-se os discípulos
novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles.
Estando fechadas as portas, Jesus entrou,
pôs-se no meio deles e disse:
"A paz esteja convosco".
27 Depois disse a Tomé:
"Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos.
Estende a tua mão e coloca-a no meu lado.
E não sejas incrédulo, mas fiel".
28 Tomé respondeu:
"Meu Senhor e meu Deus!"
29 Jesus lhe disse:
"Acreditaste, porque me viste?
Bem-aventurados os que creram sem terem visto!"
Palavra da Salvação.
Cor: Vermelha | 13ª Semana do Tempo Comum
1ª Semana do saltério | Ofício Festivo Comum dos Apóstolos e próprio
Missa: Glória, Credo, Prefácio dos Apóstolos I e II
Vós fostes integrados no edifício
que tem como fundamento os apóstolos.
Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios 2,19-22
Irmãos,
19 já não sois mais estrangeiros nem migrantes,
mas concidadãos dos santos.
Sois da família de Deus.
20 Vós fostes integrados no edifício
que tem como fundamento os apóstolos e os profetas,
e o próprio Jesus Cristo como pedra principal.
21 É nele que toda a construção se ajusta e se eleva
para formar um templo Santo no Senhor.
22 E vós também sois integrados nesta construção,
para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.
Palavra do Senhor.
Salmo 116(117),1-2 (R. Mc 16,15)
R. Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, *
povos todos, festejai-o! R.
Pois comprovado é seu amor para conosco, *
para sempre ele é fiel! R.
Das Homilias sobre os evangelhos, de São Gregório Magno, papa
(Hom. 25,7-9: PL 76,1201-1202).
“Meu Senhor e meu Deus!”
“Tomé, chamado Dídimo, que era um dos Doze, não estava com eles quando Jesus veio [cf. João 20,24]. Era o único discípulo que estava ausente. Ao voltar, ouviu o que acontecera, mas negou-se a acreditar. Veio de novo o Senhor, e mostrou Seu lado ao discípulo incrédulo para que O pudesse apalpar; mostrou-Lhe as mãos e, mostrando-Lhe também a cicatriz das suas chagas, curou a chaga daquela falta de fé.
O que pensais, irmãos caríssimos, de tudo isto? Pensais ter acontecido por acaso que aquele discípulo estivesse ausente naquela ocasião; que, ao voltar, ouvisse contar; que, ao ouvir, duvidasse; que, ao duvidar, apalpasse; e que, ao apalpar, acreditasse?
Nada disso aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina! A clemência do alto agiu de modo admirável a fim de que, ao apalpar as chagas do corpo de seu Mestre, aquele discípulo que duvidara curasse as chagas da nossa falta de fé. A incredulidade de Tomé foi mais proveitosa para a nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditaram logo; pois enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde apalpar, o nosso espírito, pondo de lado toda dúvida, confirma-se na Fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e apalpou tornou-se testemunha da verdade da ressurreição.
Tomé apalpou e exclamou: ‘Meu Senhor e meu Deus!’ Jesus lhe disse: ‘Acreditaste, porque Me viste?’ [cf. João 20,28-29]. Ora, como diz o Apóstolo Paulo: ‘A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera; a convicção acerca de realidades que não se vêem’ [Hebreus 11,1]. Logo, está claro que a fé é a prova daquelas realidades que não podem ser vistas. De fato, as coisas que podemos ver não são objeto de fé e sim de conhecimento direto.
Então, se Tomé viu e apalpou, por qual razão o Senhor lhe disse: ‘Acreditaste, porque Me viste?’ É que ele viu uma coisa e acreditou em outra coisa: a divindade não podia ser vista por um mortal; ele viu a humanidade de Jesus e proclamou a fé na Sua divindade, exclamando: ‘Meu Senhor e meu Deus!’ Por conseguinte, tendo visto, acreditou; vendo um verdadeiro homem, proclamou que ele era Deus, a quem não podia ver.
Alegra-nos imensamente o que vem a seguir: ‘Bem-aventurados os que creram sem ter visto’ [João 20,29]. Não resta dúvida de que esta frase se refere especialmente a nós, pois não vimos o Senhor em sua humanidade, mas o possuímos em nosso espírito. É a nós que ela se refere, desde que as obras acompanhem nossa fé! Com efeito, quem crê verdadeiramente, realiza por suas ações a fé que professa. Mas, pelo contrário, a respeito daqueles que têm fé apenas de boca, eis o que diz São Paulo: ‘Fazem profissão de conhecer a Deus, mas negam-no com a sua prática’ [Tito 1,16]. É o que leva também São Tiago a afirmar: ‘A fé sem obras é morta’ [Tiago 2,26]”